O vinho ideal para cada signo
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15 de março de 2024Na arte culinária, a harmonização entre carnes e vinhos é uma dança sofisticada de sabores, onde a escolha certa pode elevar a experiência gastronômica a novos patamares.
Por Nayliê Moreira
Neste guia, mergulharemos nas nuances dessa harmonia, desvendando os segredos por trás dos cortes de carnes e seus rótulos ideais para acompanhar..
Contra-filé
Um clássico entre os cortes de carne, o contrafilé é um verdadeiro ícone em nossas tradições gastronômicas, especialmente quando preparado como bifes grelhados.
Aqui no Brasil, a ponta do contrafilé, a mesma parte utilizada para o Bife Ancho, nos presenteia com um filé alto, caracterizado pela suculência e pela presença encantadora de gordura entremeada.
Explorando ainda mais o mundo do contrafilé, encontramos o Chorizo, um corte horizontal que conquistou os corações dos amantes de churrasco na América do Sul, em especial na Argentina, no Uruguai e no Brasil especialmente o Rio Grande do Sul. O Chorizo, conhecido por sua camada de gordura na parte superior, adiciona uma dimensão única ao paladar.
Dada a suculência e a fibrosidade dos cortes de contrafilé, a harmonização perfeita pede vinhos encorpados e ricos em taninos, mas equilibrados, evitando uma acidez excessiva. Nesse contexto, um clássico Malbec argentino surge como a escolha ideal, complementando a experiência com notas robustas e estrutura envolvente.
Filé Mignon
O Filé Mignon, uma carne conhecida por sua textura macia, suculência irresistível e magreza, é uma escolha frequente para preparar pratos como bifes, filés e o clássico strogonoff. No entanto, a sua baixa porcentagem de gordura o torna menos indicado para churrascos.
Explorando as possibilidades culinárias, dois pratos tradicionais se destacam: o medalhão, como o utilizado na renomada receita do Filé Mignon do Banana Café, e o elegante Bife Wellington, uma iguaria inglesa.
Para elevar a experiência com o Filé Mignon, sugerimos a harmonização com a Uva Grenache, tão suculenta quanto este corte especial. O blend GSM (uvas Grenache, Syrah e Mourvèdre) do Delas Frères du Ventoux apresenta uma sinfonia de sabores que complementa a delicadeza do Filé Mignon, criando uma experiência gastronômica inesquecível.
Patinho e Acém
Juntamos o Patinho e o Acém, dois cortes de carne que compartilham a característica de serem magros e macios. São estrelas em receitas que vão desde hambúrgueres e almôndegas até ensopados, cozidos e pratos recheados, como o irresistível polpetone.
Dada a magreza desses cortes, a harmonização perfeita pede um vinho de corpo médio, sem a necessidade de taninos pronunciados. Recomendamos um Pinot Noir do Novo Mundo, cuja elegância e suavidade complementam a versatilidade do Patinho e do Acém, criando uma sinfonia de sabores em cada garfada.
Alcatra
A alcatra, uma peça mais fibrosa e macia, apresenta-se como um corte generosamente marmorizado. É frequentemente apreciada como bifes grelhados, mas também revela seu potencial em preparos refogados e picadinhos.
Dada sua natureza mais gordurosa, a alcatra pede a companhia certa, e o vinho ideal deve oferecer corpo e uma acidez marcante. O Carménère, com sua personalidade encorpada e acidez elevada, emerge como uma escolha perfeita, sobretudo no picadinho, prato que se casa harmoniosamente com a uva, destacando as notas herbáceas características da casta.
Costela
A costela, um corte exuberantemente gorduroso e incrivelmente macio, introduz uma deliciosa complexidade à mesa. A chave para a harmonização perfeita muitas vezes reside na presença ou ausência do molho barbecue. Se o barbecue é o protagonista, sugerimos um Syrah de regiões quentes do Novo Mundo. Este vinho, com seu corpo generoso e explosão de frutas, é a companhia ideal para dançar com os matizes do molho.
Agora, se a costela brilha sem o barbecue, sua escolha recai sobre um Syrah de lugar frio do Velho Mundo. Com corpo, acidez elevada e toques de especiarias, esse vinho se revela perfeito para a dança sutil entre sua complexidade e a gordura da costela.
Picanha
A picanha, conhecida por sua maciez excepcional, encontra sua perfeita harmonização em vinhos que equilibram taninos marcantes e uma acidez vibrante. Nesse sentido, um Cabernet Sauvignon da Argentina, como o Felino, surge como a escolha ideal para realçar os sabores intensos dessa nobre carne.
Essa harmonização se estende com maestria tanto para a peça de picanha assada quanto para um suculento hambúrguer de picanha. Cada mordida se torna uma experiência sensorial, onde a carne e o Cabernet Sauvignon argentino se entrelaçam em uma dança de sabores ricos e intensos.
Agora, convidamos você a viver ainda mais essa jornada no Grand Cru Palmas, nosso bistrô onde os cortes selecionados e os vinhos criteriosamente escolhidos se encontram para criar momentos de puro prazer. Seja para apreciar um medalhão de filé mignon com um blend ou explorar as infinitas possibilidades de harmonização em nossa adega.
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